O século que passou marcou a humanidade pelos indescritíveis avanços na melhor compreensão da micro e da macroestrutura dos corpos vivos. A maior parte das pesquisas e do instrumental tecnológico médico, na atualidade, está voltada à compreensão:
1. Da forma e da função dos corpos na macroestrutura por meio das imagens:
– Congeladas num tempo-espaço definido, como as produzidas pelos RX, ultrasom, emissão de elétrons e rádio-isótopos;
– Obtidas na dinâmica viva dos tecidos, em tempo real, a partir dos aparelhos de fibras óticas (endoscopia).
2. Da forma e da função da molécula na microestrutura por meio da engenharia genética.
– Sequência das moléculas do genoma e armazenamento das informações do genbank.
Todos os avanços tecnológicos, na Medicina, tanto no passado quanto no presente, mesmo com a maioria esmagadora dos profissionais desconhecendo o fato, a prática médica continua convivendo com o parodoxo fundamental: em qual dimensão da matéria o normal se transforma em doença (se é que existe a doença, na atual concepção teórica)?
Por outro lado, nós estamos testemunhando avanços significativos, que, mesmo sem terem a força para deslocar esse angustiante paradoxo, impuseram extraordinários avanços à Medicina – o maior desvendar da forma e da função dos corpos na micro e na macro dimensão.
O fantástico conjunto que interliga a microestrutura à macoestrutura dos corpos, essencialmente, representados pelas imagens e pelo projeto genoma, nos últimos vinte anos, produziram as âncoras tecnológicas que mudaram a concepção de diagnóstico, terapêutica e prognóstico por meio do uso:
1. Terapêutica genética;
2. Órgãos artificiais;
3. Neuropróteses;
4. Inteligência artificial.
Estamos muito longe do que a Ciência pretende: alcançar a doença nas dimensões da confluência entre a massa e a energia, na estrutura atômica, provavelmente, onde superaremos o parodoxo que atormenta os pesquisadores.